quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Procurando saber o que é preciso... Parte II

Vocês conhecem o provérbio popular: “Me digas com quem andas e eu te direi quem es”. Esta frase encaixa-se perfeitamente ao nosso dia-a-dia e a qualquer atividade que você queira fazer.
Para maioria das pessoas um indivíduo ficará bom (forte) somente com sua força de vontade e capacidade. Porém eu não acredito que isto seja 100% verdade! Não tenho duvida que seja necessária força de vontade e capacidade, mas para se tornar realmente forte você precisa de algo mais... A ajuda de companheiros e professores.

Eu tenho certeza que se você tiver companheiros que queiram te ajudar e que você esteja disposto a se esforçar, acredite você irá crescer. Evoluir! E quanto mais fortes e técnicos forem seus companheiros melhor e mais rápida será a sua evolução. Tendo estas pessoas você terá parâmetros (exemplos), objetivos - alguém que você queira superar, e assim ter uma trilha para alcançar seu objetivo.

Olhando para trás a minha geração foi privilegiada e teve a oportunidade de ser treinado e treinar com os melhores do judô nacional. Tive a oportunidade de treinar e ser treinado por: Luiz “Jun” Shinohara, Floriano, Luiz Onmura, Nelson Onmura, Sumio Tsugimoto, Aurélio Miguel, Ricardo Sampaio, Rogério Sampaio, Hitoshi Ogawa, Ishii, Massao Shinohara, Oide, Saito e tantos outros.

Uma das ótimas lembranças que tenho era treinar com o Luiz "Jun" Shinohara, eu era derrubado umas 10 vezes de ulti-mata e mais umas 10 vezes de okuri-ashi-barai, mas era uma felicidade treinar com ele, apesar de eu ter certeza que ele não era muito fã de fazer handori comigo. Mas todas as vezes que pedi para ele treinar comigo ele veio sempre com toda a boa vontade.  Meu objetivo era claro ser bom e técnico como ele. O Jun era o meu objetivo e parâmetro para crescimento, porém nunca cheguei nem perto da sua habilidade.

Conversando com um amigo outro dia, escutei aquilo que eu acredito. A questão do parâmetro, do objetivo. Naquele momento ele lembrou-se que quando viu o Yoko-Tomoe do Myasato... Pensou: “É isto que quero fazer!”.

Em outro caso um grande amigo aprendeu e treinou o Tai-Otoshi do Mike Swain. Eu me lembro que eu e ele apanhamos dele que nem gente grande. Foi ótimo!!! Outros tentavam copiar o ippon-seoi do Luiz Onmura e assim por diante... Tínhamos um serie de exemplos que poderíamos seguir e sabíamos que quanto mais treinávamos com eles, mais fortes poderíamos ficar.

Sendo assim o praticante de judô e o judoca dependem muito das pessoas, apesar de ser um esporte individual, devemos sempre agradecer e respeitar a família, professores, companheiros, amigos, rivais e etc. E lembre-se sempre que não existe maneira fácil de ficar forte.

"O adversário é um parceiro necessário ao progresso, a vida da humanidade baseia-se neste princípio." (Jigoro Kano).

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