Depois de participar de algumas competições do Master/Veteranos comecei a perceber o quanto o ser humano pode ser insano, e submeter-se a condições extremas para participar de competições e superar limites.
Estas pessoas em teoria não precisam fazer mais isto. Estão estabilizados, tem suas vidas e famílias, conquistaram parte de seus objetivos deste ponto de vista são vencedores. Então por quê? Por que eles se submetem a perder peso, a treinar três vezes por semana ou até mesmo não treinar? Por que se machucam e continuam a ir ao treino? E outras centenas de perguntas que aparecem conforme vamos conhecendo estas pessoas. É insana a maneira de pensar destes velhinhos.
Eles são movidos pela paixão pelo judô, pela necessidade de transmitir os conhecimentos adquiridos durante a vida, o prazer de competir, os velhos amigos, pelos novos amigos, o aprendizado da humildade e dignidade, pelos nossos filhos, pelo forte vinculo criado por esta comunidade, e que não se abala facilmente. E quando adormecido, desperta, volta com força máxima demonstrando que não é só um esporte. É um suporte para vida, uma filosofia, algo que você vai carregar e irá transmitir para outros com alegria.
Esta procura contínua pela insanidade contribuirá para que os mais novos entendam que não existe maneira fácil para ser “forte”. E ser “forte” é um conjunto de atributos que serão conquistados durante a vida que exigem no mínimo perseverança – “nunca desistir”.
Aqui nestas palavras ficam o meu respeito e admiração por estas pessoas que ajudam a manter o espírito do judô e da competição vivos.
E como não poderia deixar de citar um amigo que no último final de semana deve ter conquistado 999o. Campeonato Paulista, com seus 46 anos. Parabéns Tiquinho!!!
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