quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Festival Interno Integração de Judô - Assoc. Judô Hombu Budokan


A nossa associação tem a satisfação de convidá-los a participar do "Festival Interno de Integração" organizado pela Associação de Judô Hombu Budokan que será realizado no dia 21 de novembro de 2009 (sábado), na Praça Adelaide, No. 5 - Próximo Terminal Jabaquara a partir das 9:00 hs.

Para maiores detalhes envie email para ogawabudokan@terra.com.br e/ou submission777@gmail.com, ou entre em contato pelo telefone (0xx11) 5011-8311.

REGULAMENTO

  •  O professor responsável deverá enviar a relação dos alunos participantes através dos e-mail ogawabudokan@terra.com.br e/ou submission777@gmail.com até o dia 10/11/2009;
  • O evento terá o número de inscrições limitadas, podendo a qualquer momento ser encerrada;
  • A taxa de inscrição para o evento é de R$10,00 (Dez Reais) por participante;
  • Não serão aceitas inscrições fora do prazo estabelecido por este regulamento;
  • Os atletas devem se dirigir ao local de sua luta somente no horário pré determinado. 
HORÁRIOS

09:00 hs - Concentração
09:30 hs - Inicio para crianças de 3 e 4 anos
10:00 hs - crianças de 5 anos
10:30 hs - crianças de 6 anos
11:00 hs - crianças de 7 e 8 anos
12:00 hs - crianças de 9 e 10 anos
13:00 hs - crianças de 11 e 12 anos
14:00 hs - crianças de 13 e 14 anos

Obs.: Chegar pelo menos dez minutos de antecedência do horário determinado para a idade.

COMO CHEGAR


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Definindo metas e pensando no futuro

Corrigindo o passado

Há alguns dias atrás a Sabrina lembrou-me que eu havia involuntariamente omitido fatos importantes na historia e que refletem diretamente nas minhas decisões, e para corrigir esta falha e mostrar a força de uma única frase vou descrever este fato - “O Dudu já fazia natação e eu disse para Sabrina que ele não demonstrava interesse pelo judô.” A resposta dela foi: - Ele gosta de natação porque eu o levo nas aulas e o incentivo a fazê-las, portanto se você quer que ele faça judô, faça a sua parte!

Tomando a decisão

Em 20 de Dezembro de 2008 foi aniversario do Eduardo e a festa de Bonenkai da Budokan, neste evento o Dudu foi promovido para faixa bordo (vinho) e o Enrique infelizmente não pode mudar de faixa, ele quase não fazia aula e seria uma injustiça com o restante dos alunos. Nesta festa de confraternização percebi que eu precisaria de algo mais para servir de exemplo para meus filhos e mais jovens e precisava ser algo que eu pudesse me orgulhar no futuro, então a primeira coisa que eu pensei foi: “Eu vou voltar a competir” – Esta decisão foi importante, era o rascunho para determinar minhas metas.

Estabelecendo Metas – Ajudando os mais novos

O maior motivo para que eu retomasse o contato com judô foram os meus filhos, eu quero que eles tenham o contato com esta nobre arte e a base e direcionamento para conquistar todos os objetivos em suas vidas.

Pensando desta forma uma das metas é colaborar com os jovens para a sua evolução como pessoas, judocas e atletas através do judô. O primeiro passo foi criar este blog com a esperança de servir de inspiração para muitas pessoas. O segundo passo é ajudar os jovens que estão próximo e desejam ser fortes e evoluir. O terceiro passo é montar um projeto social que ajude um grupo de crianças a terem a oportunidade de seguirem pelo o “caminho suave”.


Estabelecendo Metas – Motivando as academias e associações

Do meu ponto de vista os grandes formadores de atletas são as academias e associações e não clubes como vêem sendo divulgado (raras as exceções). Os clubes tem um papel fundamental na continuidade da carreira do atleta que eu considero ser na passagem da adolescência para a fase adulta.  Porém durante a época de formação da criança/atleta quem é responsável pelo desenvolvimento tecnico.  Este processo funciona bem porque o judô exige um longo tempo para aperfeiçoamento das técnicas e um acompanhamento quase que individual para o desenvolvimento atlético e pessoal.

Algumas associações estão se movimentando e procurando melhorar sua estrutura para manter-se como fonte de novos atletas, a minha meta é ajudar a associação que eu participo - Na sua estrutura e em outras situações que meus serviços sejam necessários e aprovados pelo Sensei.

Estabelecendo Metas – Retorno as Competições

No dia 02 de Janeiro de 2009 tomei a primeira decisão importante – “Parar de Fumar”.  Para que esta ação se tornasse verdadeira alguns fatos aconteceram e motivaram-me a largar - A Dora (Tia) havia conseguido parar de fumar (fumante inveterada e compulsiva), a empresa que eu trabalho iniciou uma campanha contra o tabagismo, a cobrança dos meus filhos e esposa (antiga reclamação) e se eu quisesse voltar a competir precisa rever meus hábitos, então no dia 02 de Janeiro de 2009 de madrugada após uma crise de tosse decidi parar.
Os dois primeiros meses foram difíceis, mas utilizei de todos os artifícios disponíveis, path e chicletes de nicotina, acupuntura e exercícios, somente depois que parei percebi o quanto fazia mal, o quanto me prejudicava e o quanto eu era dependente.

A segunda decisão foi fazer um check-up geral visando verificar o estado de saúde atual e estabelecer se eu estava apto para competir. Dois pontos eu sabia que precisava controlar era a pressão arterial e o peso, afinal parando de fumar e a tendência seria engordar, para diminuir o impacto destes problemas aumentei a minha carga de treino e modifiquei parte da minha alimentação, obtive bons resultados estabilizei minha pressão com medicação e treino, e consegui perder nove quilos, mas ainda estou longe do ideal.

A terceira decisão que tomei foi fazer um planejamento para participar e classificar em pelo menos um Campeonato Mundial Master até 2014, porém a execução deste planejamento é complexa é necessitará de um extenso controle de riscos e um plano de contingência detalhado durante todo o processo.

Conclusão

As atividades macros foram determinadas agora é preciso detalhar o planejamento e executar as tarefas estruturais deste projeto, e para cada atividade e fase concluída será uma vitoria de todos e mostrará as alegrias, as tristezas e os percalços que terei durante este caminho, mas que são fundamentais para o amadurecimento do ser humano.

“Conhecer-se é dominar-se, e dominar-se é triunfar” – Jigoro Kano

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O primeiro ano de treino

Nos três meses iniciais os treinos não foram constantes e eu procurava superar meus limites a cada dia, ainda bem que meus limites eram baixos, caso contrario eu teria morrido. Tecnicamente eu não achava que estava ruim e esta confiança ajudava o meu lado físico e me sentia satisfeito com a minha evolução.

Neste estagio da minha vida o judô é uma oportunidade social, alivia o estresse, e é uma das maneiras de ajudar na evolução intelectual e física dos meus filhos e além de tudo, posso contribuir para evolução de novos judocas.

Em vários momentos o sensei Hitoshi ficou preocupado, afinal eu estou longe dos 20 anos e muitas vezes passei dos limites, nunca consegui treinar sem tentar fazer o melhor e existe uma armadilha quando se tem quarenta anos, depois de um mês e meio de treinos você sente uma melhora física e a minha reação “insana” foi aumentar o ritmo, esta atitude impensada resultou em algumas contusões:

A primeira delas foi uma torção no tornozelo esquerdo (o mesmo da contusão de anos atrás) nada grave, porém doía e não conseguia fazer todos os movimentos, nesta situação conversei com meu amigo e ortopedista Eduardo Takimoto, e ele me ajudou prontamente na minha recuperação, e para não perder o ritmo resolvi não parar de treinar, mesmo contundido fui para os treinos, fazia uma proteção para o tornozelo e fazia aquilo que era possível, com o tratamento em pouco tempo voltei a fazer handori.

A segunda contusão foi mais grave treinando com o Sugata que estava se preparando para o metropolitano e paulistano sênior, acabei levando um couti-gari invertido de direita (ele é canhoto) e meu pé direito acabou torcendo e rompeu um ligamento, novamente o Eduardo Takimoto teve méritos na minha recuperação e nesta situação fiquei sem treinar poucos dias e usei a mesma estratégia da primeira contusão, fui para o treino mesmo que não fizesse nada. Eu sabia que se deixasse de ir ao Dojô poderia desistir dos treinos e ai ficaria mais um longo período sem treinar. Agora todo treino eu tinha que ficar parecendo uma múmia utilizava um faixa elástica e as tornozeleiras como proteção.

O terceiro acidente foi em um treino na Academia Alto da Lapa. Em uma sexta feira a convite do Rodrigo Motta fui conhecer a academia, rever o Sensei Uchida e participar do treino destinado aos meninos de Avaré, projeto coordenado pelo Lex e fazendo um handori com Thalitinha, uma promissora judoca do alto da lapa, ela involuntariamente acabou pisando no meu dedinho do pé esquerdo e esmagando-o ao tentar entrar um ippon-seio-nague, na hora não senti absolutamente nada, somente um pequeno incomodo. No dia seguinte ele estava um pouco inchado e roxo e não dei muito atenção continuei a treinar durante a semana até a semana seguinte quando percebi que a dor não passava e ele continuava roxo, para variar nova consulta com o velho amigo Takimoto e ele disse que eu era um demente e pediu que eu tirasse uma radiografia. Conclusão o dedo estava fraturado – mas como o dedinho não faz parte do corpo de um judoca, tomava os remédios necessários e colocava uma tala nos dedos para evitar danos maiores e ia para os treinos.

Após um período sem me machucar, aproximadamente um mês. Fazendo uchikomi (treino de entrada de golpe) acabei trincando as duas primeiras costelas fazendo um ippon-seio-nague, neste caso eu estava treinando o ippon-seio empurrando e fiz a entrada relaxado, e com o peso do adversário acabei me machucando sozinho, foi ridículo! Durante semanas fiquei sentindo dores e tive que utilizar uma cinta para minimizá-las.

A última contusão que tive foi o segundo dedinho do pé direito treinando com a Joice uma judoca que tem um grande futuro, mas para isto precisa treinar com mais foco e ouvir o que os senseis dizem. No handori ela tentando entrar um ippon-seio acabou pisando na ponta do segundo dedo e sem querer acabou empurrando o dedo para cima, conclusão o meu dedo deslocou ficando para cima e o sensei Hitoshi teve que colocá-lo no lugar novamente.

Este processo durou aproximadamente um ano e as contusões não aconteceram por acaso, o meu desleixo com corpo acabou ajudando as contusões. Quando voltei a treinar estava acima do peso, estava sem praticar qualquer atividade há muito tempo, estava com pressão alta, minha alimentação era horrível e para completar eu fumava, resumindo estava um lixo.

Após muito refletir e procurar maneiras de fazer as coisas acontecerem, percebi que além da minha cobrança existia a cobrança dos meus filhos e esposa, e era difícil explicar para eles que eu não sabia o que fazer para reverter o quadro que eu criei. Neste momento, um conjunto de situações e mais o meu retorno  ao Dojô me levaram a lembrar o que é preciso ter para atingir um objetivo e a resposta encontrada foi:  "Determinação". A partir deste momento coloquei um objetivo claro e acessível e que envolvesse tudo aquilo que acredito ser importante: Família, amigos, corpo e mente, e que servisse de exemplo para o futuro.

Os primeiros passos foram dados e agora vamos aguardar os próximos acontecimentos é uma questão de evolução e paciência.

“Quando verificares, com tristeza, que nada sabes, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado.”Jigoro Kano

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Atravessando da sanidade para insanidade

Depois de participar de algumas competições do Master/Veteranos comecei a perceber o quanto o ser humano pode ser insano, e submeter-se a condições extremas para participar de competições e superar limites.

Estas pessoas em teoria não precisam fazer mais isto. Estão estabilizados, tem suas vidas e famílias, conquistaram parte de seus objetivos deste ponto de vista são vencedores. Então por quê? Por que eles se submetem a perder peso, a treinar três vezes por semana ou até mesmo não treinar? Por que se machucam e continuam a ir ao treino? E outras centenas de perguntas que aparecem conforme vamos conhecendo estas pessoas. É insana a maneira de pensar destes velhinhos.

Eles são movidos pela paixão pelo judô, pela necessidade de transmitir os conhecimentos adquiridos durante a vida, o prazer de competir, os velhos amigos, pelos novos amigos, o aprendizado da humildade e dignidade, pelos nossos filhos, pelo forte vinculo criado por esta comunidade, e que não se abala facilmente. E quando adormecido, desperta, volta com força máxima demonstrando que não é só um esporte. É um suporte para vida, uma filosofia, algo que você vai carregar e irá transmitir para outros com alegria.

Esta procura contínua pela insanidade contribuirá para que os mais novos entendam que não existe maneira fácil para ser “forte”. E ser “forte” é um conjunto de atributos que serão conquistados durante a vida  que exigem no mínimo perseverança – “nunca desistir”.

Aqui nestas palavras ficam o meu respeito e admiração por estas pessoas que ajudam a manter o espírito do judô e da competição vivos.

E como não poderia deixar de citar um amigo que no último final de semana deve ter conquistado 999o. Campeonato Paulista, com seus 46 anos. Parabéns Tiquinho!!!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Preenchendo as lacunas do passado... - O novo começo

Em Agosto de 2008 aconteceram dois fatos interessantes o primeiro era mês de olimpíadas e eu não estava trabalhando, portanto passei todas as madrugadas assistindo lutas de judô, e a segunda, o Eduardo empolgou-se e queria lutar.

Rapidamente comecei a procurar academias perto de casa, ou melhor, que eu conseguisse sair do trabalho, pegar os meninos na escola e chegar em tempo ao treino. Por coincidência a segunda academia que eu tinha o endereço era da Hombu Budokan, mas eu inicialmente havia descartado, achava que era longe de casa, mas por sorte quando liguei para academia fui avisado que havia treinos aos sábados – Perfeito! Era tudo que eu queria e precisava. A estratégia planejada era eu entrar no Dojo junto com eles, entendia que o Dudu iria participar da aula sem problemas, porém o Enrique era pequeno e precisaria de cuidados maiores, portanto decidi que entraria junto com o Enrique para evitar problemas e que ele aos pouco fosse introduzido no judô.

Durante alguns sábados levei os meninos e em um deles encontrei o Sensei Hitoshi. Fiquei muito feliz, afinal rapidamente identifiquei o passado que eu pensava estar perdido – o de tradição e disciplina. Neste momento fiquei aliviado por deixar o Dudu treinar judô, na minha opinião este seria o melhor lugar para ele treinar. Sei que ele está em boas mãos.

Passou-se o primeiro mês de treino do Dudu e resolvi levá-lo durante a semana. Quando o levei para minha surpresa encontrei o Fernando Maionque, ele era atleta do Yamazaki e lutava na mesma categoria que eu, fiquei imensamente feliz! Quando assisti sua aula fiquei aliviado, pois percebi que eu poderia contar com ele para ajudar o Dudu e o Enrique a entender o Judô em sua essência.

Com muitas coisas boas acontecendo em minha vida acabei reencontrando um grande amigo Marcelo Fugimoto, este fato foi importante, pois em um almoço falamos sobre o passado ele me disse para eu voltar a treinar, pensei durante uma semana  e comecei a preparar o meu retorno.

No final de setembro de 2008 comecei a treinar a noite, uma vez por semana com o Sensei Hitoshi na Hombu Budokan e a tentar pegar ritmo. No inicio tudo é festa e estava bem, lutava bem solto e sem qualquer preocupação ou cobrança, porém o instinto insano começava a rondar e, como esperado, o aprofundamento no judô inicia-se: Começo a ir assistir competições com mais freqüência, revejo amigos e pessoas que estavam esquecidas no meu passado, relembro dos bons momentos que vivi com o judô, começo a ler mais sobre o assunto e os caminhos que ele vem percorrendo.

E surfando pela internet encontrei o nome de Rodrigo Motta em um artigo, demoro a acreditar que seja ele, e em uma conversa com o Fugimoto descubro que eles mantém contato e por “força do destino” acabamos retomando. Conversar com ele é fantástico, pois eu não conheço ninguém mais apaixonado por judô e competições. E esta paixão é transmitida de maneira sincera para todos em sua volta – É contagiante! Então por que resistir? – Vamos Treinar!!!

Saber cada dia um pouco mais e usá-lo todos os dias para o bem, esse é o caminho dos verdadeiros judocas” – Jigoro Kano