Em vários momentos procuramos superar expectativas e alcançar objetivos, e para cada um destes momentos gastamos horas de preparação, execução e finalização. Estes momentos podem ser conscientes ou inconscientes e precisam de um alto grau de “determinação” e empenho para se conseguir o Ippon, o “Golpe Perfeito”, o “Nockout” – Acreditando nesta palavra gostaria de dividir com vocês idéias e experiências, servindo de inspiração para nossas ações futuras.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Preenchendo as lacunas do passado... Parte IV
No final do primeiro semestre de 2002 fui para o E.U.A a trabalho e fiquei aproximadamente 4 meses. Foi uma ótima experiência, mas o primeiro mês foi bastante complicado, sinceramente não estava preparado financeiramente ou psicologicamente para fazer uma mudança tão radical, sofri mais do que deveria (culpa minha) deveria ter me preparado melhor tanto financeira como psicologicamente, mas como sempre só vim entender alguns anos depois. No segundo mês encontrei uma academia de artes marciais em uma cidade próxima a que estava e que tinha jiu-jitsu e judô, praticava uma ou duas vezes por semana, mas não era constante e para minha surpresa em um determinado momento me presentearam com o “Black Belt” pela Liga de Artes Marciais - Illinois, mas sinceramente nunca entendi bem como funcionava esta liga e nunca me motivei, a saber, ela não tinha qualquer filiação com as federações reconhecidas ou que eu conhecia.
Quando retornei para o Brasil no segundo semestre descobri que seria pai! (Foi uma noticia maravilhosa), a Sabrina estava grávida e até o final de dezembro/2002 ele nasceria. Com a nova situação eu e Sabrina decidimos “casar” (juntar), fizemos uma pequena reforma no apartamento e iniciamos os preparativos para receber o novo integrante da família. Neste período de preparativos e com o estresse normal da situação, resolvi voltar a treinar, mas desta vez sem a pressão de estar em uma academia de judô ou clube, combinei com o Ricardo (primo Sabrina) e ex-atleta Associação de Judô Ypiranga a voltar a praticar o judô e desenferrujar um pouco os corpos desacostumados a treinos, havia uma academia do lado de casa e lá reencontrei o Catiboriam (Ex-Atleta do São Paulo F.C – Ligeiro) e por alguns meses praticávamos duas vezes por semana, neste período convenci a Andrea (prima Sabrina e Ricardo) a praticar judô. Ela era iniciante e na época com 14 anos aproximadamente, acredito que foi uma ótima experiência, varias vezes ela diz que gostaria de voltar.
Como previsto e após algumas pequenas complicações na gravidez o Eduardo nasceu! Loirinho de olhos verdes como eu! (Imagine o que tive que escutar e tenho que escutar até hoje) E como não poderia deixar de ser, um dos primeiros presentes foi o uniforme do glorioso Palestra Itália, afinal ser Palmeirense não é questão de opção. O segundo não foi o judogui (kimono), mas no meu pensamento já estava determinado que treinar judô também não é questão de opção. Eu acredito que ele precisará entender e viver a essência do judô, e que isto ira ajudá-lo e trará vantagens no futuro – a dedicação, disciplina e aprender a perder serão partes importantes desta vivência.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Preenchendo as lacunas do passado... Parte III
Em um domingo do segundo semestre de 2000 no Parque Vila Lobos, eu conseguiria fazer aquilo que eu achava impossível, jogando voleibol eu torci o meu pé esquerdo de tal forma que sobrou somente o tendão, rompi todos os ligamentos e quebrei o pé em três partes, lembro-me até hoje que quando a minha mãe viu o meu pé ela começou a chorar e dizia que ele nunca mais voltaria para o lugar, felizmente ela estava errada! Ele voltou, mas durante um ano tive dificuldade para andar e sentia muita dor. Novamente fiquei sem praticar qualquer esporte, mas por causa desta situação acabei conhecendo minha esposa e hoje temos dois lindos filhos e que por obra do destino tiveram um impacto fortíssimo na minha volta ao Dojo.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Judô Paulista - Por que eu estou incomodado?
Há algum tempo estou incomodado com os resultados obtidos pelo judô paulista e pela condução dos treinamentos efetuados para as crianças e atletas de forma geral. Eu não sou um filosofo do caos e muito menos prego esta situação, mas a experiência me diz que teremos uma entre safra longa de atletas do nível técnico do Thiago Camilo e Leandro Aguilero, que hoje são parâmetros do “judô clássico” de alto nível.
Do meu ponto de vista o judô de São Paulo parou ou regrediu, caso vocês se sintam mais confortáveis pode-se dizer que os outros estados evoluíram mais que São Paulo, mas independente da expressão utilizada o resultado é frio e único: “São Paulo tem perdido espaço para os outros Estados!”.
Analisando o judô de maneira simples e verificando o que envolve o treinar e aprender judô, concluo que para formar atletas de ponta demanda um grande esforço e anos treinamento para aperfeiçoar uma única técnica, este esforço envolve o atleta, a família, o mestre e professores com profundos conhecimentos de judô. E que se prestarmos atenção e sermos um pouco críticos perceberemos que mestres e professores deste nível são escassos nos dias hoje, e é possível contá-los nas “pontas dos dedos”!
Agora se ampliarmos este leque nós encontraremos outros “professores de judô” se é que posso chamá-los assim, eles se dividem em:
a) Aqueles que se preocupam somente com própria imagem, entidade ou academia e com os resultados obtidos em competições, e esquecem o atleta e o ser humano.
b) O outro é o professor de escolas, este normalmente é formado ou está cursando Educação Física e a experiência e conhecimentos de judô são nulos. Eles normalmente não têm o preparo ou o acompanhamento necessário para passar a filosofia e as técnicas do judô.
Sendo assim, os resultados destas duas figuras são interessantes: Juntos conseguem perder possíveis talentos para a época adulta, passam conhecimentos e valores distorcidos, enfraquecem associações tradicionais, institutos e pessoas do meio que querem a evolução do judô mantendo as tradições e espírito, gastam recursos que serão perdidos no tempo trazendo um retorno de investimento muito próximo de zero.
Na minha opinião o judô paulista me parece inerte e precisamos fazer algo ... Pensem e vamos ajudar!!!
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Preenchendo as lacunas do passado... Parte II
O segundo evento foi no começo de 1990 no torneio zonal da capital (a famosa zona 4) perderia na primeira luta para o Eduardo Nagazawa (Vila Sonia) de forma incontestável nem me lembro direito, mas deve ter sido algo como 2 kokas, uns 3 yokos e um wazari, foi a pior luta que fiz na minha vida e possivelmente uma das melhores lutas do Nagazawa. Na luta seguinte ele “perdeu” para o Marcelo Eguti (Vila Sonia) e por conseqüência eu estava fora e como conseqüência estava fora do Paulistano, Paulista e etc. Neste momento senti que o chão se abriu aos meus pés e eu estava prestes a cair, eu não entendia, havia me preparado bem, eu sabia que estava bem e meu preparo físico estava bom para aquela competição, porém naquele dia eu estava irreconhecível e foi uma decepção, afinal foi a primeira vez que não chegava ao paulista. A vida é assim quando a cabeça não pensa o corpo padece e em minha opinião o meu maior erro foi o excesso de confiança, pois eu tinha certeza que aquele ano seria o “MEU ANO”, e como deu para perceber eu estava completamente enganado.
Com o ano perdido no judô resolvi dedicar-me a faculdade e a empresa que acabará de me contratar, eu havia conquistado um aumento de salário e uma promoção de estagiário para operador de computador, que alguns meses mais tarde se tornaria em uma nova promoção para Analista/Programador, porém isto é outra historia e merece um outro post. No mesmo ano no segundo semestre aconteceu algo que definiu o meu afastamento de vez, jogando basquete “rachão” na faculdade rompi 2 ligamentos do tornozelo esquerdo e tive uma torção no joelho direito deixando-me aproximadamente seis meses sem fazer qualquer atividade física, porém meu afastamento das atividades físicas não era só pela contusão, mas também porque me dedicava cada vez mais as atividades profissionais que estavam trazendo resultado significativos, e assim foi até 1997.
sábado, 1 de agosto de 2009
Você quer ser o melhor? Então você precisa: Treinar, Treinar e Treinar
Lições Aprendidas - Como evoluir
Judô - Master
Projetos Sociais - Um exemplo de cidadania
Fotografia em Preto e Branco
Nossos Mestres e Heróis
Meu objetivo neste tópico “Judô Brasil – Heróis” e registrar acontecimentos e percepções da visão de atletas, amigos e apaixonados pelo esporte, dos heróis que fizeram do judô Brasileiro um parâmetro mundial e que ajudam diariamente a transformar pessoas comuns em guerreiros com a determinação de vencer e ajudar o próximo.
Inicialmente gostaria de escrever das pessoas que conheci e tive algum contato. Os meus comentários serão baseados nas minhas lembranças e nas lembranças de amigos ou conhecidos.
Para que tenhamos um horizonte às pessoas que irei escrever inicialmente são:
Raizes
- Ryuzo Ogawa;
- Massao Shinohara;
- Chiaki Ishi;
- Fuyo Oide;
- Naka;
- Akira Yamamoto;
- Kurati;
- Uichiro Umakakeba
- Paulo Duarte.
A nova geração
- Hatiro Ogawa
- Hitoshi Ogawa
- Luiz “Jun” Shinohara
- Floriano Almeida
- Walter Carmona
- Luiz Onmura
- Aurelio Miguel
- Rogerio Sampaio
- Ricardo Sampaio
- Douglas Vieira
O Resultado
- Flavio Canto
- Tiago Camilo
- Leandro Aguilero
- Henrique Guimarães
- Carlos Honorato
Novos Mestres – Eu acredito neles
- Sergio Lex
- Fernado Maionche
- Flavio Honorato
- Mauricio Kawahara
- Eduardo Miyasato